Anie: O sexo nem tão fácil

Anie 

Era por volta de meia noite, andava sozinha por meu quarto procurando desesperadamente algo que me distraisse de minha saudade, que afugentasse a mágoa para longe. Conversas, música, nada resolvia. Tudo parecia errado, as coisas simplesmente não se encaixavam mais como antes. Fiz o que sempre fazia em dias próximos a esse em minha depressão seletiva, rock  no rádio, um banho e uma roupa sexy. Segue um batom vermelho, cor vibrante tal quanto sangue, olhos marcados com preto e salto foda me. Iria a procura, iria a caça de minha felicidade.

Chamei um táxi, que veio surpreendentemente rápido, ora quem sabe minha sorte iria mudar. Saltei o meu destino e voltei para meus contatos, assim que chegasse minha "tribo'' estaria esperando por mim, e assim se fez. Quando desci do táxi eles estavam, a minha salvação, os melhores amigos, ou parte deles. Rock pulsava por toda a rua, bebidas rolavam facilmente, drogas circulavam, mesmo assim a adrenalina que sentia era composta em igualdade pela confiança que lançava a essas pessoas, roqueiros são gente boa, não os julguem. Um cara "todo de preto" pode te tratar mil vezes melhor que esse playboy certinho que você encontra por ai, eles lhe dão carinho, seu coração e quando a sorte esta grande um sexo incrível. A primeira bebida chegou, desceu tão facilmente devido a sede por audácia talvez, deixei o sangue percorrer por minhas veias ó tão inebriante! A coragem líquida se espalhou e então fui a caça, quem disse que rock não é sexy nunca viu a garota certa dançar é o que sempre digo. Dancei, mantendo um olho atento aos possíveis caras do esquecimento, achei um que me abriu o apetite, segui em linha reta, caminhando confiante. Sorrisos e poucas palavras o levaram até a pista de dança comigo, dançamos, dancei para ele, senti sua ereção pulsar. Achar o lugar foi fácil, seu carro estava estacionado do outro lado da rua, tesão percorria minhas veias, os beijos foram aumentando e as roupas saindo. Porém, uma única coisa estava errada, olhava em seu rosto e relembrava Henrique, um grito histérico saiu de meus lábios, irritado a "foda" da noite perguntou qual o meu problema, com uma voz decadente disse: "meu problema é um coração partido e um sexo insuperável".


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